quarta-feira, 27 de maio de 2009

FEMEH

Por uma FEMEH de luta, combativa e pela base.


A FEMEH é um instrumento de organização do movimento estudantil de
história que tem papel importante para o envolvimento dos estudantes
de sua respectiva área questões gerais.

Temos duas bandeiras históricas: uma é a abertura dos arquivos da
ditadura militar – pois se trata de direito a memória – e a outra é a
pauta da regulamentação da profissão.

Porém, a realidade hoje mostra que nossa Federação está enfrentando
grandes dificuldades para responder as suas necessidades. A FEMEH, ao
nosso ver, vem se afastando mais e mais da base. Suas articulações
estão quase que restritas aos encontros (ENEH’s e EREH’s).

Em nosso entendimento, isso é reflexo de problemas como falta de
política financeira e de comunicação, dificuldades na realização dos
conselhos de base e a baixa participação da FEMEH de forma
protagonista na construção dos encontros. O resultado disso é a perda
de referencial da Federação pelos estudantes.

Na região nordeste essas dificuldades são mais latentes. Por
exemplo, não houve realização de nenhum conselho regional para se
discutir o EREH, isso comprometerá a participação dos estudantes no
encontro. E, além disso, a Fundação Santo André, que sediaria o EREH
Sudeste, não teve condições de realizar o encontro, e a coordenação
regional não se pronuncia sobre essa situação.

Mas, o que devemos fazer?

Como acreditamos na importância da FEMEH como instrumento de
organização, propomos:

1. A criação de GT que discuta o histórico do MEH, no intuito de
acumular a cerca do tema para ser pautado em todos os espaços que
envolvam a FEMEH;
2. Iniciar debates sobre de transformação da Federação em
Executiva, buscando diálogo com a ENECOS (comunicação), ENEENF
(enfermagem) e EXNEEF (educação física);
3. Promover Cursos de Formação Política a nível regional, além dos
EREH’s e ENEH’s;
4. Discutir novo formato de nossos encontros para superarmos o
atual quadro de esvaziamento dos espaços;
5. Iniciar debate sobre política de financiamento para garantir a
realização das atividades e lutas puxadas pela FEMEH;
6. Desenvolver política de comunicação, como: mídias que superem as
listas virtuais de discussão; elaboração de cartilhas que mostrem as
posições da Federação e criação de jornais e site;
7. Que nos encontros da FEMEH haja espaço para que as escolas levem
seus currículos e poçam debate-los, para assim formular a respeito da
qualidade da formação do historiador. Além disso, fazer a discussão
sobre a dicotomia entre licenciatura e bacharelado.
8. Criar seminários de discussões sobre a abertura dos arquivos da
ditadura militar articulados em conjunto com grupos que defendam a
mesma bandeira, como o “Tortura nunca mais”.

Não podemos ficar parados! A crise chegou ao Brasil e todos nós,
estudantes e trabalhadores, sofreremos fortes ataques! Vamos
reestruturar a FEMEH e torna-la mais atuante!!!

O CAHIS - ALÉM DOS MUROS - APÓIA ESSA CAUSA!

Fonte: http://barricadasabremcaminhos.wordpress.com/

domingo, 17 de maio de 2009

Do CaHis ao Sertão: pesquisa histórica em Pernambuco

Esse foi o tema que me percorreu durante toda a semana. Sim! Com esse H bem grande de intruso no tema, quer dizer, intruso não. Bem dizer, grande organizador disso tudo. Foi sim uma semana puxada, dava para ver em tantos rostos espalhados pelo “pequeno” espaço da FFPNM.

Seja como for, eu vi lágrimas, alguns contratempos como tudo que é feito por mortais tem. Contratempos! Mas, esquecendo um pouco deles foi tudo bonito, não direi perfeito, pois, nada chegará a alcançar tal termo. Sempre me perco nessas linhas, como vi muita gente perdida para conseguir encontrar os palestrantes dos mini-cursos, e conseguir dirigir cada grupo para assistir sua devida palestra.

Foi cansativo eu sei, mas alma sertaneja é assim mesmo. Se “ta na chuva é pra se molhar”, o que dizer desse povo que quando via a cara de água era cuspe de gente reclamando? Nesse sufoco todinho admito que não os ajudei, não porque não quisesse mas me sentia incapaz de agüentar tanta pressão no quengo. Fiz pelo menos o que era sensato, dei força a quem precisava e no meio de perguntas de galera que só queria brigar com o povo, eu brigava junto, mas para conseguir dar um único beijo na bochecha dessa gente tão dedicada aos outros.

Sim! Dedicada aos outros, quem mais estaria organizando tal evento, tão belo quanto este que vivenciamos dando lágrimas e noites mal dormidas, e como ouvi de alguns “banhos mal tomados” para ajudar a quem necessitava de tanta coisa. Precisávamos de conhecimento, e afirmo que aprendi, aprendi nas boas palestras, nos mini-cursos, nas mesas e discussões. Mas, quer saber de uma coisa aprendi vendo esse povo correr, correr pra ganhar conhecimento, mas outro tipo dele. Aprenderam com erros a nunca cometer os mesmo que passaram, aprenderam a ver a satisfação no rosto das pessoas, aprenderam a se precipitar em alguns casos e a ver quem queria ajudar e quem tava pra sugar. E quer que fale eu fui um “sugador”, pois quis o máximo que eles poderiam me dar, e fiz isso da maneira que mais me cabia, fui assíduo ao encontro, vi tudo que dava pra ver.

Do encerramento eu digo que ocorreu em minha mente a saudade de ver tanta coisa diferente daquilo que acompanhamos em todas as semanas de aulas. Aquele espaço foi pequeno pra tanta coisa que lá se apresentou tanta vontade de fazer coisas boas, de trazer coisas novas. Foi pequeno, e tenho dito o sertão tava tão pertinho ao meu ver, que digo que as pessoas que se reúnem dentro do CaHis fizeram o que tanto gritam, foram para Além dos Muros, bem forma tão longe que queriam e conseguiram alcançar o sertão.


YAN SOARES SANTOS - 3 PERÍODO.

do caHis ao sertão.

Acabou. Foram cinco dias de suor, tremedeira, responsabilidade, estresse, raiva, alegria, sorrisos, choros. Não apenas cinco, verdade.
Foram meses.
Meses de espectativa, de ansiedade, medo, cansaço, planejamento.
Parece que foi ontem que o pessoal tava perdendo tempo achando o caboclo bem feio.
Mas o caboclo foi tão bem representado, que de repente, se fez lindo.
Parecia boicote, duas semanas acadêmicas na mesma data... E agora?
Ironias do destindo a parte, duas semanas acadêmicas aprovadas e os dois cursos mais entrosados da faculdade tirando o melhor que poderiam da situação.
Teve gente que até comentou: vai ser difícil.
E foi, não se engane.
Mas a união e a vontade de fazer o melhor pro estudante venceu, e a interdisciplinaridade dos Historiadores e Biletristas foi encantadora, tudo muito lindo de se vê.
A organização dormia não, viu?
Tinha tempo não.
Eram bandeiras a serem defendidas, nomes a serem zelados, estudantes que cobravam.
E cobravam com razão. Afinal, quem tá na chuva é pra se molhar, já dizia o ditado.
E num faltava coragem não.
Foi uma força que encantou o curso de História.
Que surpreendeu os estudantes de Letras.
Brilhante.
Os movimentos sociais acalentavam os corredores da faculdade, e todos os espaços que podiam.
Foi tudo bem lembrado, e bem representado.
Teve palestra, mini-curso, exposição, mesa redonda, discussão.
Cineclube, sarau, encenação.
Protesto, movimento estudantil ativo.
E repito, bonito mesmo de se vê foi a interação existente.
Pedagogia + Geografia + Matemática + Biologia + História+ Letras.
Quem disse que não dá?
Deu sim, e foi fantástico.
Teve eleição também viu?
E a participação também existiu, afinal, mesmo que apressem a vontade
de fim de nossa participação sempre tão inflamada e viva, o movimento estudantil
é acadêmico, e acima de tudo, político.
Da luta não nos retiramos!
Entre uma palestra hoje, a campanha se fez viva, e limpa, mesmo que muitos as escuras não permitissem sua ativez.
Imprevistos? apareceram também.
Nada que tirasse a satisfação, e a sensação de dever cumprido.
Obrigada a todos.
Aos professores por todas as orientações, aos amigos, companheiros de luta, que se fizeram presentes, e de forma afagante e corajosa não deteram ajuda. Aos que muitos, saíram de suas casas, pra colaborar e fazer um evento melhor.
Mas ainda, o meu maior obrigada, aos estudantes que se fizeram presentes.
Que prestigiram, que cresceram, que debateram, criticaram.
A participação é a voz mais escutada, e de mais razão.
A vocês, parabéns.
A mim, imenso orgulho e satisfação.

Jéssika Évelyn - Coordenadora de Cultura e Arte da IX Semana de História da FFPNM.